quarta-feira, 19 de junho de 2013

Maquiagem: Da antiguidade até as diferentes culturas

No Antigo Egito, os Faraós pintavam os olhos para que as pessoas não olhassem diretamente neles como uma forma de respeito. Cleópatra já usava pó Khol nas pálpebras (nosso atual Kajal ), tomava banho com leite de cabra (naquela época , a mulher tinha que ser mais branca que o homem) e fazia máscaras de argila no rosto.

Em Roma, as mulheres faziam máscara de miolo de pão, leite e farinha para nutrir a pele, prática essa que foi proibida pelos homens e decretada como bruxaria o uso de elementos naturais pelo parlamento inglês no século XVIII.

Na Mitologia, também encontramos referências á uma poção (ou creme) que a Deusa Vênus manda Psiqué ir buscar nos Inferos tendo que passar por vários obstáculos mostrando a busca pela beleza e eterna juventude.

Já as “bruxas” tinham como função fazer poções, cremes e unguentos com ingredientes naturais para diversos fins, por isto a maquiagem/cosméticos tornou-se sinônimo de bruxaria.

Na Era Vitoriana a maquiagem era abominada por estar ligada as atrizes e prostitutas. Neste período as mulheres utilizavam ingredientes naturais para fazer cosméticos, usando óleo de rícino para fortalecer os cílios, beterraba para corar as bochechas (blush) e o pó de arroz para clarear a pele.

Na Grécia Antiga, o teatro usa maquiagem para caracterizar seus atores, o que também ajudou a difundir o uso da maquiagem.  

No século XX a indústria cosmética cresceu bastante e cada época foi marcada por um estilo.

ÍNDIA


Na Índia, a beleza das mulheres é muito importante. A beleza física não se dissocia totalmente da beleza espiritual, esta última de extrema importância para a cultura Hindu. Lá se acredita que pintar os olhos das crianças de negro serve para protegê-las dos espíritos maus e de variadas doenças. Ao longo da vida, as mulheres pintam também os olhos de kajal preto (um tipo de lápis de olhos) com o mesmo propósito e, quando se casam, algumas usam o Bindi, uma marca vermelha na testa, como símbolo do matrimonio e de amor. A maquiagem tradicional das mulheres indianas também é sempre colorida e carregada, para destacar os seus rostos e feições e para complementar as suas joias e roupas exuberantes.

JAPÃO


No Japão, a maquiagem para o teatro kabuki e a maquiagem das Gueishas é a mais conhecida. Pintar a pele de branco com pastas e pós servia e ainda serve o propósito de esconder a pele – escondendo a pele, tem-se uma tela em branco para começar a desenhar a personalidade de um personagem. Para desenhar essa mesma personalidade, usam-se só tons de vermelho e preto.

AUSTRALIA


Na Autrália, os Aborigenes pintavam e pintam não só os rostos, mas também os corpos. Cada gesto no ritual de ser pintarem tem não só um objetivo estético, mas também e principalmente espiritual. Estas pinturas usam exclusivamente pigmentos encontrados na natureza e em cores vibrantes: branco, vermelho e preto. Cada ocasião especial merece um tipo de adorno do corpo diferente: celebrações religiosas, nascimentos e outros eventos importantes têm símbolos e padrões diferentes. O mesmo acontece nas tribos de índios nas Américas ainda que as mais conhecidas e estudadas sejam as dos índios do Brasil.

AFRICA


Um pouco por toda a África, o costume de pintar o rosto servia diversos propósitos. Além dos motivos religiosos, para se conseguir uma unidade com a Natureza e os Deuses, algumas tribos usam-na para atrair o sexo oposto. No Níger, há uma tribo na qual os homens se pintam e dançam cada um tentando ser mais atraente do que o outro para que as mulheres o escolham para ser pai dos seus filhos.



Como podemos ver, a maquiagem tem muitas facetas e usos!

                                                                                                        Marcela Rossi Bertassi

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