Christian Dior
Christian Dior nasceu em Granville (cidade portuária da Mancha), na França, no dia 21 de janeiro de 1905. Sua família tinha uma boa situação financeira na época, o que lhe garantiu uma infância e adolescência tranquilas. . Logo cedo, o francês se interessou por desenho, mas por influência do pai resolveu estudar Ciências Sociais com a intenção de seguir a carreira diplomática. Após terminar o curso, viajou pela Europa e em 1927, abriu uma galeria de arte com amigos e expôs obras de artistas como Jean Cocteau, Christian Bérard e Dufy.
A crise de 1929 trouxe problemas financeiros para os negócios da família Dior e em 1934, Christian foi vítima de uma grave doença. Como já não podia mais contar com o dinheiro da família, em 1935, já recuperado, começou a desenhar croquis para o "Figaro Illustre". jornal que os publicavam semanalmente na seção de alta-costura. Após conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de chapéus, começou a fazer croquis de roupas e acessórios para várias maisons de Paris, até que, em 1938, Christian Dior realmente iniciou sua carreira no universo da alta-costura, como assistente do estilista suíço Robert Piguet (1901-1953).
Após, foi convocado para a guerra que explodiu na Europa. Quando voltou, em 1941, foi trabalhar na maison do estilista francês Lucien Lelong (1889-1958).
Em 1946, já famoso, abre seu ateliê com a ajuda financeira do então poderoso empresário de tecidos, Marcel Boussac. O ateliê ficava na Avenida Montaigne, número 30, onde a casa Dior fica até hoje.
Sua primeira coleção foi apresentada no dia 12 de fevereiro de 1947 e causou um verdadeiro estardalhaço entre a imprensa. Ao ver os modelitos, a editora de moda Carmel Snow se surpreendeu e exclamou: “It’s a new look!” (É um novo visual!) e assim batizou a silhueta que ditou a moda feminina da época. Aquele homem tímido e educado havia criado o eterno "New Look" . Surgia aí um mito, Christian Dior, que viria se tornar sinônimo de sofisticação e elegância no luxuoso mundo da alta-
costura.
Em sua primeira coleção, Dior conseguiu mudar todo o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após tantos anos de restrições, a mulher necessitava se sentir novamente feminina e ansiava pela elegância e o luxo perdidos. As coleções impecáveis de Dior viraram sinônimo de elegância e sofisticação com saias e vestidos que ficavam a exatos 40 centímetros do chão, seguindo a regra criada pelo estilista. Dior acertou e criou modelos extremamente femininos, inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos e saias eram mais longos, o busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas.
Apesar das críticas, com relação a grande quantidade de tecido usado por ele para a confecção de vestidos e saias, ainda num momento difícil para a indústria têxtil, nunca um estilo de roupa chegou tão rápido às ruas. Mulheres de todas as partes do mundo copiaram seus modelos. Tinha clientes fiéis e famosas, como a princesa Grace Kelly de Mônaco e a atriz Marlene Dietrich.
O modelo que se tornou o símbolo do "New Look" foi o tailleur Bar, um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de glamour, estava definido o padrão nos anos 50.
O "tailleur Bar", símbolo da primeira coleção assinada por Christian Dior |
Croqui |
Em 1997, numa edição comemorativa limitada, a Barbie, boneca mais vendida no mundo, foi vestida com o famoso "tailleur Bar" de Christian Dior.
O "tailleur Bar", símbolo da primeira coleção assinada por Christian Dior |
Em 1949, Christian Dior já tinha uma casa de prê-à-porter de luxo em Nova York, o perfume "Miss Dior" - lançado em 1947 e um clássico até hoje - e estava pronto para assinar os primeiros contratos de licença com sociedades americanas, o de meias e o de gravatas.
Em sua coleção de 1951, o estilo princesa ficou consolidado como sua marca, mas a novidade foi o uso do terno masculino em roupas femininas. Dior apresentou um tailleur em lã cinza, que expressava todo o conceito de masculinidade, transportado às roupas femininas. Criou a linha H, em 1954, que era a base de toda a coleção, com modelos que erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H. Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, como no vestido de baile "Chambord", que para ele significava o luxo ao redor da cintura, além dos vestidos de tecidos diáfanos, com várias saias sobrepostas e comprimentos variados. A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forma de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A.
Ainda em 1954, Londres ganhou uma sucursal da grife e uma butique foi anexada à maison de Paris.
Em sua coleção de 1951, o estilo princesa ficou consolidado como sua marca, mas a novidade foi o uso do terno masculino em roupas femininas. Dior apresentou um tailleur em lã cinza, que expressava todo o conceito de masculinidade, transportado às roupas femininas. Criou a linha H, em 1954, que era a base de toda a coleção, com modelos que erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H. Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, como no vestido de baile "Chambord", que para ele significava o luxo ao redor da cintura, além dos vestidos de tecidos diáfanos, com várias saias sobrepostas e comprimentos variados. A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forma de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A.
Ainda em 1954, Londres ganhou uma sucursal da grife e uma butique foi anexada à maison de Paris.
Mais tarde, surgiram echarpes, lenços de seda, luvas, bijuterias e lingeries com a assinatura Christian Dior, além das sucursais em Caracas, Austrália, Chile, México e Cuba.
Durante dez anos, Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento.
Christian Dior morreu em 24 de outubro de 1957, na estação termal Toscana de Montecatini, na Itália, deixando um verdadeiro império do luxo construído, com 28 ateliês e 1.200 empregados. Sua marca fica aos cuidados de seu jovem assistente, Yves Saint Laurent, até 1962. Em seguida, vieram Marc Bohan, Gianfranco Ferré até que em 1997, chega à direção o irrevente estilista John Galliano com seu jeito audacioso, olhar apurado e muito glamour, ele conseguiu manter a marca Christian Dior como uma das mais respeitadas da alta-costura.
Durante dez anos, Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento.
Christian Dior morreu em 24 de outubro de 1957, na estação termal Toscana de Montecatini, na Itália, deixando um verdadeiro império do luxo construído, com 28 ateliês e 1.200 empregados. Sua marca fica aos cuidados de seu jovem assistente, Yves Saint Laurent, até 1962. Em seguida, vieram Marc Bohan, Gianfranco Ferré até que em 1997, chega à direção o irrevente estilista John Galliano com seu jeito audacioso, olhar apurado e muito glamour, ele conseguiu manter a marca Christian Dior como uma das mais respeitadas da alta-costura.
Fortes referências da marca CD até hoje, e que ficaram famosas durante os anos 50, são as estolas, as mangas três quartos, além do conjunto em tons pastéis de cardigã, blusa e saia de crepe.
No Brasil, a loja Christian Dior, em São Paulo, é a única da América Latina e foi inaugurada em 1999.
Vestido "Cyclone" em tafetá, Christian Dior, da linha Ailée, de 1948 |
Christian Dior era um inovador de moda,como demonstra a sua coleção New Look ,que trouxe arrebatamento e formas inéditas para vestir a silhueta feminina do pós guerra. Afirmava que: "Perfume é o complemento indispensável da personalidade feminina, é o finishing touch de um vestido, é a rosa com que Lancret assinava suas telas".
Fernanda Morel
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